quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

"É debaixo da saia que eu vou. É debaixo que eu vou ficar. Só pra te olhar"





Como tudo comunica, me peguei distraída (não à toa) pensando sobre como a comunicação rola solta debaixo de nossas roupas.

O sutiã que abre na mama é para grávidas.
Se tem bojo, é porque falta leite e outras coisitas mais nesse conteúdo.
Com arame embaixo é o “levanta tudo”!!!
Vermelho é paixão; sem costura, dia a dia; velhinho, o meu preferido de dormir.

Só não escuta quem não quer. É impossível não ouvir a voz daquela calcinha com um bicho de pelúcia na frente e um buraco no meio. Sabe, com um cachorrinho e só dois fios com o meio aberto? (vai, eu sei que sua amiga já teve uma). Gente, aquela calcinha grita!

Imagina a cena. Maridão chega em casa, trinta anos de casados, você todo dia de calcinha bege. De repente, surge ela: imponente, decidida, vitoriosa, cheia de si. É impossível deixar passar uma dessas calcinhas do parágrafo acima. É como se ela, automaticamente, dissesse: meu filho, faz alguma coisa!

E essas roupas íntimas assumem identidades as mais diversas. Vão do total sexy ao melancólico. Quem não se lembra com carinho do primeiro sutiã? Era da Lola, personagem do Pernalonga. Naquela época não tinha peito nenhum e agora...Agora, nada mudou! Rs

Ah, do lado oposto da gaveta onde moram as calcinhas “tipo safadinha” ficam as calcinhas de não mostrar nem sob tortuta – aquelas tipo cinta ou as bem grandonas para os dias de menstruação. E tem também calcinha de vovó. Não, isso é paradoxo! Se é de vovó, só pode ser calçola.

Lingerie nova é presente que sempre agrada e que a gente sempre precisa.

E você deve estar pensando, nossa a Mariana viaja. Não! Tudo tem uma explicação.

Então você diz, aposto que ela está vendendo calcinhas. Sim, acertou! Calcinhas, cuequinhas, camisolinhas...

E se esse papo te fez olhar para o seu armário e reparar que você está cheia daquelas calcinhas sujas de esmalte com elástico frouxo, não se apavore! Fale comigo. Me diga quem você é, que eu aponto seu perfil de lingerie. Rs.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Os Impactos dos Meios de Transportes nas Olimpíadas de 2016


De galho em galho por esses diferentes processos seletivos que tenho feito sempre me pedem uma redação sobre Os Impactos das Olimpíadas de 2016 para o Rio de Janeiro. Eis que hoje, por volta de 7:30 da matina me ocorre uma ideia exatamente contrária àquela que as pessoas insistem em colocar como tema nessas provas. Gente, não são os meios de transportes que serão mudados. Não, não, não. São justamente alguns desses meios que vão causar impacto nas Olimpíadas, e positivos. Eles vão alterar visivelmente nosso quadro de medalhas. Vejamos o porquê:


Sinta as cenas:

Você está a caminho de um ponto de ônibus em Caxias e resolver olhar para trás. Quem é que vem? Ele, o famoso Juremão, que vai pra Central emitindo uns 500kg de CO2 na atmosfera. Medindo cerca de 12 metros ele está, é óbvio, bastante acima do peso, acho que umas oito pessoas/m². Você se desespera, o próximo ônibus é o do engarrafamento, corre como um louco com o braço esticado fazendo sinal para conseguir chegar no ponto a tempo.

E aí, que esporte temos?

Handebol!

Para ser mais exato, é um treino para aquela mesma corrida louca com o braço esticado e a bola na mão que os jogadores dão na tentativa de fazer um gol.

Beleza. O motorista, solidário, resolveu parar.
- Mas ó, amigo, aqui não é o ponto não, hein?!
- Tudo bem, piloto, o dia está só começando

Praticando um Taekwondo pra garantir a sua vaga - pagar a passagem aqui, amigo, te garante um lugar, mas não O lugar. Pode ser desde um assento à saída de emergência do teto do ônibus -, você vai entrando. Golpes bem planejados (Aptcha Oligui, Bandê Jirugui ) e ganha o seu espaço no deslize do adversário.

Pausa para explicar o seguinte: Esses esportes também podem ser tranquilamente praticados por quem anda de trem. Aliás, seja agarrado aos balaústres dos ônibus (isso, aqueles ferrinhos) ou nas chupetas dos trens, também é possível manter o treino. Mas no caso de se agarrar às chupetas dos trens a modalidade é diferente, estamos falando da Vela. E você não deve ficar triste se no caso do ônibus o motorista meter o pé igual um louco. Porque, no fundo, ele quer te transformar em um velejador de primeira, que não desgruda do ferro nem sob tortura. 2016 tá aí e você não tem a oportunidade de treinar com o Torben Grael; então, aproveite o trem!

Aí você começa a perceber que você não é mais você, assim com toda essa independência, mas é um órgão desse corpo todo chamado ônibus/trem. E quando você é um conjunto (aliás, é tão grudado que nem é mais “você é”, mas “você são”), fiel, não há mais choro nem vela. Não tem essa de pisou no meu pé, sarrou em mim, desarrumou meu cabelo. Quer conforto? Vai de Táxi! Aqui, é todo mundo unido, um corpo só, uma só atitude, um único objetivo: chegar ao querido trabalho. E quando olhamos essa massa toda em um mesmo movimento, é impossível não pensar que seja um belo preparo para oooooo. Ooooo....

Nado Sincronizado!

Porque se nesse calor gostoso que tem feito às sete da matina, a gente vai no mesmo “pra lá e pra cá” desse jeito, imagina o que a gente não faz na água fresca?

Tamo junto? Lugar garantido? Fique nessa posição a viagem inteira: Yoga! Tá eu sei que essa modalidade não tem nos Jogos Olímpicos, mas vale a concentração.

Finalmente é chegada a hora de descer. Não que o ponto esteja próximo, mas é preciso ser entecedente, pois até chegar à porta do ônibus você pratica Boxe, Esgrima, Luta e Pentatlo Moderno (que eu não sei o que é, mas certamente dá pra praticar). Respire fundo. Visualizou a porta? Trampolim Acrobático e, zap! Pulo para fora do ônibus.


E, aí, vai continuar mesmo nesse coro dos impactos pro Rio? Olha, quero queimar a língua, mas estou achando que se não mudar logo a coisa somos nós que iremos impactar bem mais. E que pena que as mudanças sejam apenas para os Jogos Olímpicos. Tá cheio de atleta nos nossos ônibus, trabalhadores fazendo milagre no dia a dia e cadê o patrocínio?