Apesar de todo mundo insistir na rigidez do Português, eu já me conformei e hoje até assum: graças a Deus que a língua é coisa viva!
Nada como aquelas trocas engraçadíssimas que fazemos utilizando as palavras em contextos errados. O namorado é mestre nisso e me faz rir por meia hora. Acho que é de família. Hoje o pai dele disse que as vans não vão mais até a Central e, por isso, em certo ponto disponibilizam uma imigração (????). Acho que era integração a palavra. Ficamos imaginando as vans com placas tipo: recebemos japoneses, brasileiros. rs.
E se falarmos nas ênfases, como a gente fala com “força”. Meu pai sempre diz: “Eu acho que para mim na minha opinião”. É, ta querendo mesmo se certificar de que não tem ninguém falando por ele...
Outro exemplo está na dificuldade de começar as palavras que tem consoantes juntas no início. Dá uma preguiiiiiiça. Bom mesmo seria falar: Ededron, póprio, gampreador. É porque acho que tem ser num crescente então seria preguiçosamente correto deixar a sílaba mais “pomposa” no final.
Que bom que já era esse negócio de os óculos, as calças e as tesouras. Um corte bastante justo. Ainda que os óculos ainda seja o “correto”, ele já não mora faz tempo na minha, na sua, na NOSSA língua, que não é portuguesa, mas brasileira.
Que bom ainda que a gente anda longe dos dicionários nessa hora e vai de boca em boca se reinventando. Fala sério, não tem muito mais vigor quando a gente houve um FRamengo? Aquele Framengo bem mandado nos faz até ter vontade de mudar de time. “Não, eu não sou Flamengo, torço pelo Framengão”. Dá até arrepio...
Hoje foi lá em casa a moça. E ela disse assim: nossa, Paraty e Austrália são minhas cidades favoritas. E quem ia corrigir; eu, você? Mas pra quê? Deixa a mulher abusar da língua, reformular seus significados...
A gente precisa é se fazer entender, é comunicar. Então, na feira, a caneta é dois real, a gente vendemos traide (o chiclete), nescobol (o chocolate) e pastilha de alcalipto.
Tá, eu sei, na escola é tudo de outro jeito. Mas é divino que não se passe o tempo todo lá. Também admiro demais Machado de Assis, que amando tanto a Língua Portuguesa fez um malabarismo lindo com ela. Mas não sejamos chatos e engessados, esse português é tão denso que valem nele ainda as nossas interferências pessoais.
Já é?
P.S.: É impossível não escrever esse post sugerindo uma visita ao vídeo da Vanusa cantando o Hino Nacional. Como diriam minhas amigas: Déllllls!
http://www.youtube.com/watch?v=6w9MpztV4gk
Nada como aquelas trocas engraçadíssimas que fazemos utilizando as palavras em contextos errados. O namorado é mestre nisso e me faz rir por meia hora. Acho que é de família. Hoje o pai dele disse que as vans não vão mais até a Central e, por isso, em certo ponto disponibilizam uma imigração (????). Acho que era integração a palavra. Ficamos imaginando as vans com placas tipo: recebemos japoneses, brasileiros. rs.
E se falarmos nas ênfases, como a gente fala com “força”. Meu pai sempre diz: “Eu acho que para mim na minha opinião”. É, ta querendo mesmo se certificar de que não tem ninguém falando por ele...
Outro exemplo está na dificuldade de começar as palavras que tem consoantes juntas no início. Dá uma preguiiiiiiça. Bom mesmo seria falar: Ededron, póprio, gampreador. É porque acho que tem ser num crescente então seria preguiçosamente correto deixar a sílaba mais “pomposa” no final.
Que bom que já era esse negócio de os óculos, as calças e as tesouras. Um corte bastante justo. Ainda que os óculos ainda seja o “correto”, ele já não mora faz tempo na minha, na sua, na NOSSA língua, que não é portuguesa, mas brasileira.
Que bom ainda que a gente anda longe dos dicionários nessa hora e vai de boca em boca se reinventando. Fala sério, não tem muito mais vigor quando a gente houve um FRamengo? Aquele Framengo bem mandado nos faz até ter vontade de mudar de time. “Não, eu não sou Flamengo, torço pelo Framengão”. Dá até arrepio...
Hoje foi lá em casa a moça. E ela disse assim: nossa, Paraty e Austrália são minhas cidades favoritas. E quem ia corrigir; eu, você? Mas pra quê? Deixa a mulher abusar da língua, reformular seus significados...
A gente precisa é se fazer entender, é comunicar. Então, na feira, a caneta é dois real, a gente vendemos traide (o chiclete), nescobol (o chocolate) e pastilha de alcalipto.
Tá, eu sei, na escola é tudo de outro jeito. Mas é divino que não se passe o tempo todo lá. Também admiro demais Machado de Assis, que amando tanto a Língua Portuguesa fez um malabarismo lindo com ela. Mas não sejamos chatos e engessados, esse português é tão denso que valem nele ainda as nossas interferências pessoais.
Já é?
P.S.: É impossível não escrever esse post sugerindo uma visita ao vídeo da Vanusa cantando o Hino Nacional. Como diriam minhas amigas: Déllllls!
http://www.youtube.com/watch?v=6w9MpztV4gk